domingo, 6 de julho de 2008

A bolsa está caindo, e agora, o que eu faço???

Um dos ditados mais impróprios para o mercado e confesso que difícil de ignorar é “a esperança é a última que morre.”

O termo esperança é lindo, mas fora de sua vida financeira. Quando se tem um determinado valor investido em renda variável e o índice da Bolsa de Valores começa a cair, num primeiro momento acreditamos que é apenas uma correção ou coisa de momento. Mas quando esse período começa a se estender sem que possamos fazer qualquer previsão, começa o grande problema.

O que eu faço? Deixo meu dinheiro investido esperando a recuperação ou retiro meu dinheiro e aguardo o momento mais oportuno para retornar?

Suponhamos que você tenha R$ 20.000 investido. E em 45 dias a bolsa despenca 19% ( é praticamente a nossa realidade desde 20/05 a 04/07) então você passa a ter R$ 16.200, perda de R$ 3.800 em 1 mês e meio. Isso quer dizer que continuando nesse pique, em menos de 8 meses você terá perdido todo seu capital.

Não se engane nem se iluda imaginando que a bolsa repentinamente subirá os 19% em 45 dias, e até que fosse o caso, você continuaria no prejuízo, pois só conseguiria recuperar com isso R$ 3.078. Uma recuperação de apenas 81% do capital perdido.

Na ilustração abaixo temos a primeira reta que mostra a perda do seu capital e na segunda a recuperação parcial, embora a bolsa tenha tido a mesma % de perda e ganho.


Então a melhor decisão ao investir é impor um limite para suas perdas. Até quanto eu posso perder, até quanto estou disposto a sacrificar? 5, 10, 15, 20%... Isso é você quem define, conforme sua disponibilidade de capital e sua disposição a correr riscos. Aua perda atingiu o limite imposto por você, seja racional, tenha sangue frio e saia do investimento, não tenha a falsa esperança de que vai melhorar, a não ser que análises, informações e estudos muito bem embasados digam a você para aguardar pois a recuperação está logo à frente.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Devo ou não investir na Bolsa agora?

Embora a grande maioria entre no mercado na euforia das grandes altas e acabem por isso amargando consideráveis perdas em correções, os mais prudentes pensam de maneira mais sensata e racional buscando momentos de baixas consecutivas. E no momento, estamos tendo baixas acentuadas e consecutivas, e muitos perguntam se esse é o momento de entrar no mercado devido ao preço dos ativos estarem “baixos”.

Até certo ponto seria um bom momento, pois acabamos de receber o tão idolatrado “Grau de Investimento”. Mas com os problemas na economia Norte Americana atrapalhando todo o mundo, estamos descendo a ladeira, e no meu ponto de vista a ladeira ainda não acabou, então não acho que esse seria um momento oportuno para comprar ativos.

O que de fato ocorre é que ainda não temos uma boa perspectiva de recuperação de toda essa crise, como se já não bastasse a economia Norte Americana derrubando o mundo, o preço do petróleo está gerando também uma grande reviravolta.

Acredito que o ideal ainda seja esperar, pois temos o Grau de Investimento que ainda não nos trouxe os ganhos esperados, e talvez por isso o Brasil esteja se comportando tão bem diante a tamanha crise.

Conforme a crise for amenizando, as perspectivas forem melhorando, acredito que será o momento perfeito para a compra, não é esperar subir, é simplesmente ver que as quedas estão chegando ao fim. Pois voltaremos a subir como o esperado e ainda teremos um ganho extra devido ao Grau de Investimento. Acredito muito que os ganhos a partir de então serão expressivos.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Definição de alguns termos sobre o mercado

  • Ações de 1ª linha ou Blue Chips: São as ações de grande liquidez (grande quantidade de negócios). Normalmente são ações de empresas tradicionais, de grade porte e excelente reputação. São consideradas as ações com maior segurança para investimentos.
  • Ações de 2ª linha: São ações pouco menos negociadas, normalmente de empresas de boa qualidade e de grande ou médio porte.
  • Ações de 3ª linha: São ações com pouquíssimas negociações, normalmente de empresas de médio e pequeno porte.
  • Ações Ordinárias (ON): Dá aos proprietários o poder de um voto por cada ação, nas assembléias da empresa.
  • Ações Preferenciais (PN): Oferece preferência na distribuição dos lucros da empresa ou no reembolso do capital no caso de liquidação da empresa.
  • Ações: É um pedacinho de uma empresa.
  • Bonificações: É a distribuição de novas ações para os atuais acionistas, embora a mesma possa ser feita em dinheiro.
  • Clube de Investimento: É o ato de associação de 3 ou mais pessoas com o intuito de fazer um único montante para investimento. A distribuição é através de cotas, conforme o capital que cada membro possui, sendo que nenhum membro poderá ter mais de 40% das cotas do clube.
  • Companhia aberta: é quando uma empresa lança ações na bolsa
  • Day Trade: É o ato de “comprar e vender” ou até mesmo “vender e comprar” ações no mesmo dia.
  • Dividendos: É uma parcela do lucro líquido da empresa distribuída aos acionistas na proporção do número de ações que uma pessoa detém.
  • Mercado Primário: É o lançamento de novas ações no mercado. É quando a negociação é feita entre a empresa que está abrindo o capital e os novos compradores.
  • Mercado Secundário: É a negociação das ações feitas diretamente entre os investidores (comprador e vendedor), excluindo a empresa desta negociação.